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Mostrando postagens de outubro, 2011

QUASE...

           Imagem do Google            Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.            É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.            Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada,

NAQUELA MANHÃ...

Imagem do Google             Ela nem imaginava que aquele dia que começava como um dia qualquer poderia vir a ser um divisor de águas na sua vida, um antes e depois cheio de reticências. Os dias eram sempre cheios, começava cedo a jornada com os três filhos pequenos, uma escadinha que fazia de sua até então tranquila vida, um pequeno e divertido caos. Enquanto estavam envolvidos em suas brincadeiras ela procurava pôr em dia suas atividades.             Era manhã de um belo dia de sol e as voltas com seu jardim mal percebe um carro que chega. Dele desce uma jovem e antes mesmo que falasse alguma palavra ela teve a nítida certeza que o passado batia a sua porta. Como se parecia com ela! Foi um encontro tímido, de sentimentos refreados embora a emoção cercasse as palavras e as descobertas que estavam a ser trocadas. A sua visita, uma irmã que até pouco tempo ela não sabia ter, mostrou-lhe uma foto antiga que carregava dela. Não se fazia necessárias provas, elas eram mesmo irmãs e um f

PABLO PICASSO - 25/10/1881

            No ano de 2004, em uma viagem à São Paulo tive o privilégio de visitar a exposição Picasso na Oca, no Parque Ibirapuera. Claro que não lembro os detalhes da exposição, mas a emoção de vivenciar tão importante evento me deixou belas impressões que guardarei na lembrança.           A exposição ocupava os quatro andares do edifício, começando pelo térreo, os dois andares acima e terminava no subsolo. Estava dividida em módulos que mostrava uma a uma as diversas fases do pintor, sendo tudo acompanhado de informações escritas nas paredes, o que fazia toda a diferença, pois nos ajudava a compreender e ver melhor aquilo que o pintor quis representar em suas obras. A exposição reunia peças do acervo do Museu Picasso em Paris, das diversas fases do artista, entre 1895 a 1972. Eram 125 obras, desde as pinturas realizadas aos 15 anos até os trabalhos concluídos pouco antes de sua morte.             Não é todo dia que temos o prazer de vivenciar uma experiência como esta e por admir

PTERODÁTILOS - A PEÇA

Site da imagem                                                                    Depois de muito esperar por um bom espetáculo a ser encenado no Teatro Riachuelo que está localizado no shopping Midway, finalmente tive o prazer de assistir a premiada peça Pterodátilos que graças ao patrocínio cultural da Petrobrás viaja pelo Brasil com preços populares o que provocou aqui uma corrida aos ingressos que logo se esgotaram.   A peça uma tragicomédia de temática densa retrata uma família que se encontra em vias de desintegração fruto de uma sociedade de consumo. Em um cenário que funcionando por um mecanismo hidráulico se move dando a impressão que os personagens estão por um fio para cair entre tábuas do piso que são retiradas formando buracos de onde são vistos lixo, escombros e fósseis para dar a impressão do desmoronamento dos laços familiares que estão à beira da extinção, assim como ocorreu com os pterodátilos,  que em decorrência de fatores como o alcoolismo, incesto, violência e

MAIS UMA VEZ AVÓ!

            Quase um mês! Eu parei no tempo, mas ele continuou a passar fazendo acontecer muitas coisas boas e outras nem tanto. Estou atrasada com minhas leituras dos blogs amigos, a quem peço desculpas, mas aos poucos retomarei a vidinha na blogosfera.             Para me fazer sair um pouco do marasmo em que estava vi parte de mim renascer com o nascimento de meu terceiro neto dia 18/10. Vinícius nasceu para junto com sua irmãzinha completar a família do meu primogênito. É sempre uma dádiva ver acontecer o milagre da vida e é impossível não se emocionar quando se olha para aquele ser tão pequenino, tão frágil e tão lindo. Toda a felicidade do mundo para Vinícius!