Abrindo um parêntese na leitura dos autores franceses que venho fazendo, descontraí na leitura despretensiosa de Fazendo as malas e De malas prontas, ambos de Danuza Leão. A escolha é claro, graças a sua (nossa) paixão por Paris, citada nos dois livros. Não se trata de guias turísticos, longe disso, escritos de maneira simples, objetiva e com certo toque de ironia, com um estilo próprio de quem sabe que sabe, neles ela descreve de maneira descontraída e irreverente sobre cidades como Sevilha, Lisboa, Paris, Roma, São Paulo, Buenos Aires, Berlim e Londres e dá dicas, não as obvias, sobre hotéis, bares, lojas e restaurantes dessas cidades.
Sobre Paris, ela confessa, “Desde que pus os pés em Paris pela primeira vez, soube que iria amar aquela cidade profundamente, até o fim dos meus dias”. E com propriedade ela discorre sobre as coisas que mais a encantam em Paris como os restaurantes, os cafés, as ruas, os prédios, os bistrôs e a tradição ilustrados no parágrafo, “Certos lugares de Paris não mudam; dia desses estava olhando uma foto do Café de Flore dos anos 50, e fora a maneira como as pessoas se vestiam, tudo está exatamente igual. O toldo, a varanda, as mesas, a roupa dos garçons, o menu. Paris dá a sensação de que as coisas são permanentes, e essa é uma boa sensação”. E quando descreve com paixão e saudosismo de seu bairro “amado”, o Saint Germain.
Em Fazendo as Malas ela finaliza com um toque de humor alertando que, “Com todas as agruras que é viajar hoje em dia – as filas no check-in, as revistas para ver se você não é terrorista, as malas que são desfeitas e refeitas -, viajar ainda é das melhores coisas do mundo, e é bom aproveitar agora, já, porque os chineses estão chegando”.
E ela tem toda a razão, viajar é tudo de bom! Ir à Paris então... nem fale!
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