Com o final do ano começamos a reavaliar o que nos foi favorável ou não naquele ano, e daí começam a surgir as listas ilustrativas destes acontecimentos. Este ano para mim foi recheado de boas leituras... Digo boas porque sempre procuro me informar bem sobre o livro que quero ler, e daí já parto para a leitura sabendo a priori que vou gostar. Claro que existem livros que acrescentam e livros de leitura mais leve e minha leitura oscilou entre estas duas categorias. O problema acho eu, que acontece geralmente é que quando mergulho em uma leitura, me envolvo de uma forma ou de outra com os personagens, com o enredo, a narrativa, e aí costuma ficar complicado fazer uso de minha veia crítica e termino um pouco cúmplice daqueles escritores.
Comecei o ano lendo, "A cura de Schopenhauer" e "Mamãe e o sentido da vida" de Irvin Yalom ( Este psiquiatra com um estilo de escrever acessível e simples mesmo para quem não é da área, a partir da descrição de seus casos ou da elaboração criativa inserindo grandes expoentes da filosofia aborda em sua narrativa as dores da alma e os aspectos técnicos e teóricos da psicanálise empregados em sua recuperação).
"Fazendo as malas" e "De malas prontas" de Danuza leão ( Danuza dispensa apresentações, jornalista e escritora escreveu estes dois livros numa proposta diferenciada em se tratando de viagens. Sua narrativa flui e nos convida a conhecer as cidades visitadas sob outra ótica fugindo totalmente do que vemos e lemos nos guias de viagem).
"As 100 melhores crônicas brasileiras" – uma seleção de Joaquim Ferreira dos Santos ( Embora seja a escolha pessoal do autor (vai sempre faltar aquele escritor especial para alguém), esta antologia organizada pelo escritor e jornalista Joaquim Ferreira é uma viagem divertida pelas letras do século XX e reúne grandes nomes de nossa língua possuindo textos que mesmo tendo sido inspirados naquele momento continuam atuais).
"O Flanêur – um passeio pelos paradoxos de Paris" de Edmund White ( é um livro da coleção o Escritor e a Cidade que consiste na descrição pessoal de um renomado autor sobre uma cidade de sua preferência, neste livro o autor-flanêur descortina uma Paris que não se encontra em nenhum guia turístico).
"Germinal" e o "Paraíso das Damas" de Émile Zola ( são dois exemplos do estilo magistral de escrever do francês Émile Zola que descreve em ambos os livros o aspecto social da luta dos trabalhadores em uma França envolta em mudanças econômicas. Pelo próprio contexto um nos mostra com riqueza de detalhes, em uma visão mais negativista, as condições subumanas a que se submetiam os trabalhadores de uma mina de carvão e o outro em uma visão mais positiva o surgimento de uma sociedade de consumo e a luta dos funcionários de um novo comércio, a loja de departamentos, na conquista do seu espaço na Paris das grandes transformações Haussmanianas ).
"Abril em Paris" de Michael Wallmer ( é um romance carregado de suspense que conta a história de uma Paris pós 2ª guerra e o amor conflitante entre um soldado alemão e uma jovem da Resistência. Uma leitura leve e cativante que nos prende até o fim) e,
"A Duquesa de Langeais", "Ferragus", "O coronel Chalbert ( seguido ) de A mulher abandonada", "A obra - prima ignorada", "A vendeta ( seguido ) de A paz conjugal", "O Pai Goriot", "O Lírio do vale" e o "Volume I da Comédia Humana" da Companhia das Letras, de Honoré de Balzac (Este como falei no post anterior em sua monumental obra denominada A Comédia Humana, com um estilo próprio e delicioso de escrever e de ler retrata a Paris do século XIX com suas tramas de poder, sedução e dinheiro, ingredientes que inspiram na ficção como na vida real a grandeza e a pequenez da natureza humana).
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