Continuando a travessia dos Lagos Andinos saimos do Parque Vicente Perez, e chegamos à cidade fronteiriça de Puerto Frias, cidadezinha onde fizemos os tramites de entrada na Aduana Argentina, e onde navegando pelo Lago Frias se pode contemplar a belíssima vista do Cerro Tronador com seus 3.491m. Daí saindo de ônibus para Puerto Alegre tomamos o barco para navegar pelo Lago Nahuel Huapi e chegamos ao Puerto Pañuelo, o porto que fica em frente ao hotel Llao Llao, o melhor hotel de Bariloche.
Paisagens do nosso trajeto |
PORTO BLEST
O nosso almoço foi em Porto Blest, bem fraquinho por sinal em um daqueles galpões que chamam de restaurante e embarcamos novamente para irmos a Porto Cântaros. Aí se sobe quem quiser, claro, os 650 degraus de uma escadaria de madeira cercada de uma vegetação exuberante a beira da correnteza que conduz à cascata Los Cântaros alimentada pelo Lago Los Cântaros. Dos seus vários mirantes podemos apreciar uma belíssima paisagem e admirar os diversos saltos e cascatas espetaculares dessa região bem úmida e fria.
Cascata Los Cântaros |
Lago Los Cântaros |
Neste trajeto passamos pela Ilha Centinela, onde estão os restos mortais do perito Francisco Moreno e dos barcos ecoa um apito reverenciando um dos mais importantes heróis civis da Argentina. Neste percurso o catamarã é seguido por gaivotas que enfeitam o céu e dão as boas vindas a quem chega a Bariloche. Fora da embarcação o vento e frio são grandes, mas vale a pena pela vista e pela experiência lúdica de alimentar as gaivotas que comem o que esteja em suas mãos. É fantástico!
As boas vindas das gaivotas |
BARILOCHE
Chegando a Bariloche agora na companhia da guia Graciela, bem simpática e falante, nos instalamos no hotel Villa Sofia, um resort bem confortável, mas um pouco distante do centro cívico. Como já conhecia Bariloche de outra viagem em que havia desfrutado de muitos passeios, acompanhamos o grupo na descoberta da cidade no circuito Chico, um city tour rápido pelos principais mirantes do Parque Nahuel Huapi e nos passeios até o Cerro Campanário, que se sobe em um teleférico de cadeirinhas duplas até os seus 1.050m de altitude para de lá ter uma vista maravilhosa de toda a região cheia de vales, lagos e montanhas e cercada de bosques de pinheiros não nativos. Algumas pessoas também subiram o teleférico do Cerro Otto, este uma cabine fechada que leva ao Complexo Cerro Otto e sua famosa Confeitaria giratória, a única da América do Sul, que faz um giro bem devagar oferecendo uma vista de 360º de todo a cidade. No inverno com o Cerro coberto de neve a experiência é mais lúdica, as fotos mais divertidas, o cenário mais bonito...
O mapa da vista de todo o Cerro Campanário |
Fomos também à estação de ski Cerro Catedral, mas como estávamos no iniciozinho do inverno havia pouca neve e o cenário de aventura dos vários esportes radicais como ski, snowboard, quadriciclo (que nos divertiram tanto na viagem passada) entre outros estava vazia, silenciosa, irreconhecível.
Cerro Catedral ainda sem neve |
No centro de Bariloche, passeamos pelo Centro Cívico, pelo comércio que voltado para o turismo é constituído de produtos de couro, chocolate, lã e esportes de inverno. Uma curiosidade da região é o colorido da rosa mosqueta, um vegetal nativo de clima frio que em Bariloche se transforma em cremes, sabonetes, geléias, chás, etc. que graças as suas flores brancas e rosa e com seus frutos vermelhos emprestam a paisagem um colorido todo especial.
No quesito gastronomia fizemos nosso tour por vários restaurantes tradicionais. Almoçamos no Rincon Patagônico, um restaurante de arquitetura rústica que oferece pratos típicos da região como o cordeiro, pescados como o salmão, a truta e carnes de javali e cervo. Saboreamos um prato delicioso e muito bem apresentado, raviolones de cordeiro ao molho à bolonhesa de cordeiro, acompanhado de um vinho da Bodega Del fin Del Mundo malbec da Patagônia Argentina, almoço sublime! Também degustamos da cozinha da Família Weiss, um dos restaurantes mais tradicionais de Bariloche, bem alto astral, com músico tocando nas mesas para animar a turma que já estava pra lá de animada e que para completar fica em frente ao Lago Nahuel Huapi,uma bela vista! Completamos o tour com pizzas e fondue.
Um excelente restaurante |
O Lago Nahuel Huapi |
Foram-nos oferecidos dois passeios, um mais radical, feito em uma 4x4 ao Refúgio de Neumeyer e o outro em uma van a Villa La Angostura. Embora preferisse o primeiro, embarcamos para La Angostura. Para nos animar a manhã começou com neve em Bariloche, a cidade ficou linda toda branquinha, fato surpreendente para a época, início de junho.
A surpreendente neve |
Começamos nosso passeio com a guia Graciela que nos ofereceu sempre muitas informações com solicitude e narrando a viagem com fluidez sem a forma mecânica que às vezes vemos. Saindo da cidade entramos em uma via com a verdadeira paisagem da Patagônia, que não é de montanhas e gelo, mas sim sem vegetação, aberta e cheia de ventos fortes que ingressam do pacífico sul. Contorna todo o lago Nahuel Huapi, majestoso que poderia aí ter duas vezes e meia o tamanho da cidade de Buenos Aires e que nasce na cordilheira no Cerro Tronador e vai até o Atlântico (com profundidade variando de 250 a 500 metros de profundidade com temperatura de 6 a 8 graus) e de Porto Blest até o rio Limay (cristalino), que tem aí sua nascente.
O trajeto é surpreendente pela beleza da paisagem que muda de acordo com a geografia, de planícies a montanhas. Nos primeiros quilômetros percorridos o nosso entorno tinha o predomínio da estepe patagônica com uma vegetação baixa de tons marrons amarelados. Ao entrarmos no estado de Neuquén (audaz) já percebemos uma região que parece desértica, mas que é constituída de paisagens diversificadas provavelmente por sua proximidade com a Cordilheira dos Andes.
VILLA LA ANGOSTURA
Seguimos em direção a La Angostura cercada de bosques de árvores nativas como o cipreste, utilizado em grande parte das construções, e de cohiues, árvores resistentes que protegem os lagos e podem chegar a 70 mts e 350 anos.
A cidade de Villa La Angostura,denominada o jardim da patagônia, é muito jovem, tem 75 anos, 22 mil habitantes e localiza-se entre Bariloche e o Osorno, e está situada entre os lagos Nahuel huapi e o Correntoso, sendo a cidade mais próxima do Chile. Fica em frente ao lago Nahuel Huapi que aqui chega à profundidade de 500 metros. É a segunda principal cidade, depois de Bariloche localizada na região do maior Parque Nacional, o Nahuel Huapi. É uma região belíssima formada por lagos, montanhas e bosques e que oferece ao turista (mo), sua principal atividade, uma variedade de esportes radicais nos rios e bosques e de inverno no seu centro de ski Cerro Bayo, que não conhecemos. Ela é portanto uma típica cidade turística cheia de lojinhas, muitas de artesanato e restaurantes, de arquitetura alemã com construções baixas feitas principalmente de pedra e madeira que parece tirada de contos fadas com suas florestas encantadas.
Aí dois destaques do passeio, o rio Correntoso o menor rio com 241 metros e com uma descida natural de 520 metros, que une os dois lagos o Correntoso e o Nahuel Huapi e um pequeno bosque de Arrayanes, uma árvore cor de canela e com troncos contorcidos próprios de região úmida, como a margem dos lagos. Seguramente é uma cidade para se conhecer com tempo e calma para desfrutar de tanta beleza!
Bosque de Arrayanes |
Correntoso, o menor rio |
BUENOS AIRES
Chegando a Buenos Aires o nosso guia Gustavo nos pegou no aeroporto para nos levar ao hotel Galerias, e depois de instalados saímos todo o grupo para comer as famosas empanadas no restaurante Les Imortales, aprovadas pela maioria.
No dia seguinte saímos para um city tour pela cidade, conhecendo a histórica Plaza de Mayo, a belíssima Catedral Metropolitana, a Casa Rosada, o bairro de Palermo com suas residências famosas, o complexo de restaurantes do Porto Madero e sua bela ponte La Mujer de Calatrava, o colorido do Caminito com seus bares e dançarinos de tango, La Boca e o famoso estádio La Bombonera. À noite fomos à casa de tango Senhor Tango, considerada a melhor, mas há controvérsias! Aqui o grupo se dispersou mais na ida a passeios, restaurantes e que culminou com o retorno ao Brasil, em vôos diferentes.
Assim foi a nossa viagem aos Lagos Andinos, que com seus imensos lagos de águas cristalinas, seus bosques, sua majestosa cadeia de vulcões cheios de neve transformam a paisagem de pequenas e agradáveis cidades em um roteiro imperdível e com um cenário inesquecível. A natureza está presente em tudo e enche os nossos olhos. Parece até clichê, mas não é...
Obrigada pela visita! Que lindas fotos...sonho em conhecer Bariloche! Um abraço! :)
ResponderExcluirOi Glenda!
ResponderExcluirPela época que fomos as fotos não fazem jus à beleza da cidade,no inverno tanto a vista quanto a prática de esportes compensam a ida. Fica linda!
Obrigada pela visita!
Nossa que linda essas viagens!
ResponderExcluirViajar é tudo de bom!
Seu blog é uma graça, ve se passa lá no La Vie En Rose.
Beijos
Marseille
Oi Marseille!
ResponderExcluirGostei muito de sua visita, apareça...
Realmente viajar é uma maravilha, adoro viajar!
Valéria, sua passagem por Buenos Aires e Santiago foi realmente fantástica e me lebrou de algumas postagens que fiz no vemcomigo do vaconferir, veja: [FOTOS](http://vaconferir.blogspot.com/search/label/BUENOS%20AIRES), aproveito para avisar que estou seguindo seu blog.
ResponderExcluirOi Walter!
ResponderExcluirFoi sim, maravilhosa!
Obrigada pela visita!
hi cathy!
ResponderExcluirArgentina is really very beautiful, is a cosmopolitan city and much visited by Brazilians. The choice of the hotels on my trip were from the travel agency. Thanks for visiting!