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Entre todos os filhos, ela demonstrava ser a mais sonhadora.
Suas irmãs casaram cedo e ela ficou cada vez mais se aperfeiçoando nos
trabalhos manuais e esperando chegar seu príncipe mesmo que não fosse
encantado. Numa época em que se era educada para casar ter um dom para os
trabalhos manuais, para suprir todas as tarefas de uma casa era de bom tom. Ela
era uma verdadeira artista, suas mãos faziam mágicas com linhas e agulhas, mas
isso não era tudo que ela desejava para si. Inquieta e empreendedora montou uma
loja para ganhar e ter seu próprio dinheiro, não depender de ninguém. Loja
montada viu seu sonho virar realidade e ter sucesso. Gostava do que fazia. No
entra e sai das pessoas que ali iam em busca de seus artigos de papelaria, viu
a frequência de um homem que parecia cortejá-la toda vez que passava ou lá
entrava. Será que era o seu príncipe - pensava ela - que ansiosa esperava o
retorno daquele rapaz. Ela já não era mais tão jovem, para os padrões da época
já tinha até passado do tempo de casar, mas sempre havia uma esperança. E foi
com alegria que viu seu desejo se realizar. Finalmente ele se aproximou e o
contato se estabeleceu. Ele também não era tão novo, já era viúvo, mas isso não
importava, ela gostava dele, do seu ar compenetrado e de bom moço. E cada dia
era esperado com ansiedade pelo momento que ele passaria pela loja e
conversariam junto à porta da frente. A chegada de algum cliente e ele partia
deixando-a saudosa, mas feliz.
O tempo passou, veio o noivado e depois o tão esperado
casamento, sem festa, simples, mas realizado para a felicidade de todos, pais
que inquietos esperavam aquele momento e para todos os outros que torciam pelo
casal. Ela ainda continuou com sua loja, mas foi por pouco tempo, uma mudança
de cidade a faria vender uma parte de seu sonho. Como era uma excelente dona de
casa, trabalhadora e prendada sempre tinha tudo muito organizado e no capricho,
mas lhe faltava algo para preencher a sua vida, algo muito especial, um filho
para selar aquela vida tranquila e feliz. Ao se descobrir grávida a alegria ali
fez morada, mas não por muito tempo, pois depois de um grande susto ela sensível
abortou. Por um longo período a tristeza pairou sobre eles e as constantes
desavenças entre os dois começaram a surgir. Foram dias longos, quase
intermináveis, sem tréguas e na tentativa de salvar o casamento e pela impossibilidade
de haver uma nova gravidez de caso bem pensado decidiram por adotar uma
criança. Depois de um longo processo de busca e espera surge finalmente o
grande momento de ter nos braços aquele serzinho que chegava com uma grande
missão, de estabelecer a paz e fazer ressurgir o amor daquele casal já não tão
jovem e ansioso por uma nova chance. Para aquele casal ela era a esperança, a
escolha do e pelo amor. Até quando? Só o tempo poderia dizer...
Lindo conto, mas colocar nas mão e costas de um criança a esperança pra ser felizes é danado, perigoso!
ResponderExcluirLindo teu jeito de nos conduzir pela leitura até o final...beijos,tudo de bom e já disse:gosto de te ler! chica
Valéria,
ResponderExcluiro fundamental é nunca perder a esperança!
Lindo texto!
Beijinhos :**
Carol
www.umblogsimples.com
a esperança chegou em um berço. em um simples berço e dentro dele o sorriso. abraços valeria otimo dia lamarque
ResponderExcluirOi Val!!!
ResponderExcluirEsperança também move uma pessoa a ter ações que levam a realização dos sonhos e torná-los reais.
Obrigada por suas palavras lá no comentário de níver do meu blog, eu também tenho muito estima por você, és uma pessoa que transmite sinceridade e verdade em suas palavras.
Tenha uma boa tarde!!!
Bjs :)
Uma criança sempre é sinônimo de esperança para um casal!
ResponderExcluirEmbora eu creio que não é isto que salva um casamente, mas pode ajudar o casal a ter um melhor entendimento!
Beijão
A criança com esta responsabilidade, ai que dó!. É comum casais depositarem esperanças de reacender a chama com o nascimento dos filhos, mas que pura ilusão,
ResponderExcluirpois as crianças colocam mais ainda a prova as diferenças pessoais. Mas seu conto foi muito bem conduzido dentro desta triste realidade esperançosa.
bjs
Val,um belo conto muito bem escrito!Um sonho de ter um filho que se esvai mas a chegada de uma criança adotada é a esperança.Na verdade,não se pode prever até quando!Bjs e meu carinho,
ResponderExcluirA ESPERANÇA é algo tão íntimo... pertence a cada um... uns tem e acreditam nela. Outros nunca a conhecerá.
ResponderExcluirLindo texto.
Um grande abraço e meu carinho, amiga!!!
Quero mais...mais dessa historia de tão grande aprendizado e esperança que nunca os ambandonou....Fiquei com vontade de mais.....me conta só mais um pouquinho vai...obrigado por sempre estar presente...bjinho
ResponderExcluirVocê tem um estilo de escrita muito agradável para quem lê.
ResponderExcluirSou um pouco pessimista com relação a se adotar ou ter um filho no intuito de se melhorar um relacionamento. Mas sempre torcemos para que tudo dê certo, pois a esperança é poderosa.
Bjs.
Olá Valéria,
ResponderExcluirPara um casal que não pode ter filhos a adoção é uma opção para a realização do sonho da maternidade/paternidade.
Contudo, entendo que ela não é garantia de reajustamento do casamento, que poderá, ou não, dar certo. Todavia, é um ato de doação e de amor.
Gostei muito da narrativa e do desenrolar do conto.
Obrigada pelas palavras carinhosas que deixou lá no meu recanto. Você é uma pessoa muito especial.
Beijo.
PS: Não se estresse com o blog, pois parece que a plataforma está em "parafuso". O meu está aparecendo de forma assimétrica e com cores onde não havia. É melhor aguardar
antes de tentar reconfigurá-lo.
Oi Valéria
ResponderExcluirBela história, adotar uma criança é um ato de caridade, mas tentar salvar um casamento capenga usando esta adoção, já é um pouco demais para todos os envolvidos.
Beijo.
Esperança nos faz viver mas com equilibrio, beijo Lisette.
ResponderExcluirOi, Valéria...
ResponderExcluirCriança faz milagre numa família... por isso são tão fofos quando pequenos.
Até qdo ninguém sabe mesmo, mas que importa o amanhã se hoje está tudo certo, não é?
Beijos, querida!
Oi Valéria,
ResponderExcluirAcho que um filho não salva nenhum casamento, seja filho biológico ou filho do coração, mas crianças sempre trazem em si uma renovação, uma promessa.
xoxo
Gosto disto!
A felicidade e o amor se renova com grande atitudes! abraços
ResponderExcluirValéria
ResponderExcluirUm filho sempre é uma dádiva.
O que importa é a felicidade que estão sentindo compromissados
com a criança. Não é motivo para salvar um casamento, mas certamente mais uma experiência vivida.
Lindo conto.
bjs.