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Ela era amiga de minha mãe mesmo havendo entre elas uma
significativa diferença de idade, estavam sempre para lá e para cá e na minha
curiosidade de criança ficava a tentar descobrir o motivo. Elas também eram de
diferentes classes econômicas o que fazia soltar minha imaginação quando
saíamos a passear no seu belo carro sempre pelos destinos mais variados. Há
dias lendo um blog amigo me peguei a pensar nela, existem pessoas que por sua
maneira de ser nos marcam, ela foi uma dessas pessoas. Mesmo rica era de uma
simplicidade ímpar no trato com todas as pessoas o que a tornava ainda mais
bonita, ela também era muito inteligente e simpática. Eu tinha lá meus nove,
dez anos e ficava impressionada com aquela moça vaidosa, alta e de corpo
cheinho que lhe imprimia um ar importante e sedutor sempre vestida com roupas
que lhe acentuavam seu corpo escultural, ela era daqueles mulherões de chamar a
atenção seja de homens como de mulheres por suas curvas e elegância. Os cabelos
muito loiros e sempre bem penteados emolduravam aquele olhar expressivo e
seguro de si que cativava a todos quando abria o seu sorriso e a sua boca de lábios
carnudos que sempre pintados de vermelho coloriam e dava vida à brancura de sua
pele. Ela era uma linda mulher, de uma beleza estonteante! Seu sorriso era
meigo e um pouco tímido, não sei se por educação, pois ela para completar seus
predicados, era finíssima.
Hoje não sei o que foi feito dela, que destino teve, mas sei
pela minha curiosidade de criança que na época ela era noiva havia dez anos e
buscava ingenuamente descobrir o porquê de seu noivo adiar tanto o casamento.
Ela já era uma mulher madura beirando os quarenta anos e onde soubesse de
alguém que lesse o destino lá procurava ir no desejo ansioso de desvendar o
seu, e aí entrava minha mãe na história como companhia nestas aventuras. Tempos
depois com a morte de minha mãe perdi o contato com ela, mas descobri que havia
casado finalmente em uma recepção de muita pompa, mas seu casamento não durou
muito, desfazendo um sonho por tanto tempo esperado. É, muitas vezes almejamos
muito uma coisa, mas nem sempre ela vale tanto a pena. Só descobrimos depois,
infelizmente.
Obrigada pelas visitas e comentários simpáticos no post anterior da Blogageem Coletiva e desculpe não tê-los visitado ainda. Deixei esta postagem programada, desde já obrigada por sua visita, mas estou precisando deste tempo para dar uma reorganizada nas coisas por aqui. Segunda -feira se Deus quiser voltarei e colocarei as visitas em dia. Beijinhos e até já.
Bom dia Valéria!
ResponderExcluirTem coisas que a memória afetiva não esquece...
Tenha um dia luz!
Bjoooooooooooo
Oi Valéria, bom dia
ResponderExcluirExistem pessoas que ficam na nossa memória, e um belo dia nos vemos pensando nelas, querendo saber notícias, como estão, se são felizes, se também se lembram da gente.
Bela crônica.
Beijo.
Bom dia Valéria
ResponderExcluirHá fatos da infância que ficam em nossa mente como questionamento. Vc me fez lembrar como fiquei pasma quando uma prima da minha mãe que frequentava muito nossa casa, uma moça linda, alegre, certa noite se suicidou.
bjs
Oii Valéria, bacana essa história, todos nós conhecemos alguém que namora a trocentos anos e não casa e amigas que procuram as videntes toda semana, me divirto! rsr bjooooosss
ResponderExcluirComo é engraçado que tem coisas marcantes pra nós de tanto tempo atrás,né? Legal te ler!!Bom descansinho,volta!! beijos praianos,chica
ResponderExcluirValéria, não acredito nesses relacionamento que se vão perpetuando, sem que se assuma um compromisso "definitivo". Ele pode chegar como um dever e, consequentemente, não se mantém.
ResponderExcluirUltrapassa a fase do conhecimento e continua sem motivação.
Creio que todos conhecemos alguém que passou por isso.
Volte logo!!! Bjs.
Oi, querida Valéria!
ResponderExcluirSempre, sempre mesmo, dividimos a vida com pessoas marcantes e que se fixam em nossa memória para sempre.
Bjssssssssssssss, quérida!
Além da nostalgia, o resgate das lembranças do passado também faz parte do exercício para mantermos a memória. Quantos fatos esquecemos com o passar dos anos? As vezes quando estou conversando com alguém e quero lembrar de algo em comum do passado, fico incomodada quando vejo que a memória da pessoa não guardou o fato. Com o passar dos anos, a nossa memória só guarda aquilo que quer e tem relação com o nosso "estar" no momento do acontecimento. Um mesmo acontecimento, outras pessoas guardam outros focos, por assim dizer.
ResponderExcluirIncomoda para nós uma pessoa noivar tantos anos e depois casar, separar... pelo menos valeu a tentativa. Melhor assim. Já pensou se ela não tivesse casado? Talvez estivesse sonhando até hoje com esse "príncipe".
Valéria, estamos por aqui!! Beijus,
Ei Valéria!
ResponderExcluirPassei para agradecer a sua amizade de sempre e te desejo um FELIZ DIA DO AMIGO.
Gd beijo
Olá Valéria!! Ótimo texto. Realmente muitas vezes almejamos tanto algumas coisas e nem sabemos se realmente irão dar certo, mas a vida é assim mesmo.
ResponderExcluirE aproveitando esse momento de recordações, gostaria de divulgar um trabalho. Bom, eu faço restaurações de fotos antigas, até agora só fiz para os amigos, mas já que todos gostam muito, estou divulgando para saber se alguém se interessa!
Gosto desse trabalho porque além de tudo, ajuda a recuperar essas lembraças que desejamos guardar para o resto da vida.
Caso tenha alguma foto que você deseja recuperar, ou que seja escura demais, ou que você deseja editar, me mande um e-mail (marcilane.santos@gmail.com), ou comente sobre no meu blog(http://simplesinspiracoes.blogspot.com). Será muito bom ajudar a recuperar lembranças e bons momentos! Aguardo sua resposta!
O post em destaque em meu blog no momento é Conscientiz[ação] http://simplesinspiracoes.blogspot.com.br/ Dê uma passadinha lá, você gostará!
Beijos e ótima semana.
Saudades!
Valéria
ResponderExcluirSempre existe amigas de nossas mães que deixam lembranças pelo seu jeito peculiar de ser .
Uma excelente história.
Bjs