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Luiza deu uma última olhada no espelho, ajeitou o coque
preso na nuca e sorriu, se sentia satisfeita, de bem com a vida. Olhou em torno
todo o seu quarto impecavelmente arrumado e se dirigiu até a cama, passou a mão
arrumando a prega que ficara na colcha e pegou o avental, colocou sobre o
pescoço, amarrou nas costas e passou a mão ajeitando-o ao corpo. Não tinha como
evitar, era maior que ela, era perfeccionista. Saiu do quarto e se dirigiu à
cozinha, colocou a chaleira no fogo e começou o ritual do preparo do café da
manhã, frutas cortadas, bolos feitos na tarde anterior, pão feito em casa, geleias,
ovos e leite vindos da fazenda, um banquete para apenas duas pessoas, mas tudo
feito com carinho e dedicação. Logo a cozinha começou a exalar o cheirinho do
café fresco e quentinho chamando os donos da casa para o início do dia. Aquele
casal já idoso e cheio de idiossincrasias morava ali há vários anos e todo este
tempo ela lá trabalhara e acompanhara todo o nascimento e crescimento dos
quatro filhos já casados. Agora uma nova geração no período das férias
impregnava de vida àquela casa espaçosa e silenciosa. Eram netos esperados para
fazer a alegria de todos. Luiza também ajudara nos cuidados com eles, também se
sentia avó e era adorada por eles, paparicava-os e no seu jeito simples
conseguia cativar a todos mais até que o velho casal.
Hoje ela ia terminar de por em prática os preparativos
finais para receber toda a família que chegaria de férias, roupas limpas e
cheirosas, perfumadas com suas gotinhas de lavanda, doces, bolos e guloseimas
para as crianças, muitas flores espalhadas pela casa, tudo em ordem como só ela sabia fazer. Há dias preparava o
cardápio para aqueles dias em que um pouquinho do gosto de cada um seria
atendido, afinal ela os conhecia como a palma da mão. Sabia que seriam dias de
trabalho redobrado, mas valia a pena, fazia por prazer, com amor. A avó, dona
da casa que a criara desde ainda pequena dava-lhe carta branca e tudo então
passava por suas habilidosas mãos. Nos últimos detalhes feitos com a
inquietação própria da espera só se escutava o arrastado de pés das duas indo e
vindo no afã de logo terminar a grande espera.
O antigo portão de
ferro rangeu lá fora e dois corações cheios de amor dispararam... Eles
chegaram... Seriam dias de festa!
Um feliz final de semana para todos!
é exatamente assim quando minha mãe preparada a casa quando vou ao Brasil visitá-la, me sinto tão amada! Beijos
ResponderExcluirÉ assim que nos preparamos para recebermos nossos entre queridos! Com amor, dedicação, conforto e muito amor!!!
ResponderExcluirBeijão
Legal! Essa duas parecem-se comigo quando vou receber pessoas queridas aqui em casa. eu gosto disso!
ResponderExcluirAcho que é uma pura demonstração de carinho, consideração e amor para com nossos hóspedes.
Que beleza seus fractais de textos!
beijos cariocas
Valéria que conto mais lindo, me emocionei, pois recordei meus pais e deu uma saudade tão grande, mas uma saudade gostos, por que só tenho lindas recordações deles.
ResponderExcluirMuito obrigada querida por esse momento delicioso.
Lindo final de semana, beijinhos em seu doce coração.
Que lindo Valéria, eu fico bem assim qdo vou receber as pessoas que estou com saudades! bjinhos
ResponderExcluirAh!Valéria!!
ResponderExcluirQue conto lindo!!!É tão bonito esta delicadeza de alma,estes cuidados pequenos, mas feitos com tanto amor!Sabes, lembro muitos momentos assim.São os que mais trazem alegria para o coração!
Beijos,minha amiga!
Querida Valéria, que lindo!
ResponderExcluirSenti-me avó, senti-me avó emprestada como a protagonista, senti-me neta que chega, filha que volta. Fui ao passado, voltei ao presente, visitei o futuro! E fiquei emocionada...
Bjsssssssssssssss, quérida!
Valéria,
ResponderExcluirque sensibilidade este texto!
Hoje mesmo liguei para a minha avó avisando que semana que vem a 'tropa' vai chegar. Fizemos as contagem das primas que vão e das camas que tem por lá(isso porque de 13 netos minha avó só tem UM neto -na verdade nos últimos anos apareceram + 2 netos do coração- e ele mora em Palmas. Pensa na mulherada que é minha família!)... e dessa vez não precisará levar barraca.
Como prima mais velha eu que organizo a bagunça. Fazemos tabelinha de quem vai arrumar a cozinha, fazer o almoço... é uma festa! E meus avós adoram. Tenho uma tia que é especial e que moram com meus avós. Esses dias ela me ligou querendo saber quando que vamos para lá. O três ficam ansiosos aguardando a nossa chegada!
É tudo muito bom!
Um excelente final de semana!
Abraços,
Carol
www.umblogsimples.com
Minha querida, que vontade de ficar aqui, sentindo esse cheirinho de café e viajando nessas linhas....adorei...
ResponderExcluirVou te compartilhar na minha Fan Page, todo mundo precisa saber que suas linhas são doces e delicadas.
Obrigado pela sempre companhia
felice fine settimana a te...ciao
ResponderExcluirpassei para ler seu texto e desejar um final de semana feliz. gosto do seu espaço, dinamico. abraços lamarque
ResponderExcluirMinha amiga,
ResponderExcluirMe senti nesta cena...casa de fazenda, mesa posta, alegria no coração...a vida é tão simples de ser vivida, será por que que a gente complica tanto né?
Abraço,
Votos de uma boa noite de domingo pra você!