Imagem do Google |
Lá na esquina do mundo, em um pedaço longínquo de terra se instalou uma pequena comunidade com menos de dez casas para a
manutenção do farol. Pintado de preto e branco em espiral ele se mantém ali
solitário como olhos do mar clareando a praia, o horizonte marítimo nas noites
escuras, quando seus raios luminosos correm toda a região no seu giro de 360°.
Seja lá de onde for que se esteja aquela luz traz a esperança para quem a ver,
seja em terra, seja no mar. De dia ele pode ser visitado seja chegando pela
praia, seja pela estrada. Ir pela praia parecia ser mais emocionante, caminhar
atravessando entre pedras e areia em caminhos feitos nas dunas por entre
vegetações. Aquele grupo de adultos e crianças que saiu da pequena vila de
pescadores ia eufórico a brincar e rir cada vez mais estimulando a imaginação
daquelas crianças. Pelo caminho íngreme ainda não dava para ver todo o farol,
só uma pontinha dele que dava a ilusão de estar perto, mas caminho não faltava.
Se havia cortado caminho pelas dunas, mas parecia agora que o caminho era bem
mais longo. De pouco a pouco para a frustração das crianças, já impacientes, o
farol surgia e finalmente se fez inteiro ao virar uma curva que chegava a ponta
da praia. Foi um regozijo, as crianças vibravam na expectativa de subirem o
farol. Na entrada, em um pequeno vão todos se agruparam para esperar o guia que
acompanharia a subida. Nem todos se aventuraram a subir, a escada em espiral
e muito estreita aumentava a sensação de claustrofobia. Atrás do guia as crianças
subiam disparadas, lá em cima ao sair pela porta um pequeno corredor com um
guarda-corpo permitia contemplar toda àquela paisagem. A visão era
deslumbrante, no horizonte céu e mar se encontravam em eterna sintonia. Aqui,
alguns não conseguiram ficar, o vento forte dava uma sensação de desamparo
diante de tão frágil estrutura de ferro. Dali para chegar até a luz do farol
havia uma escada por fora, por ela se faz a manutenção da lâmpada, também podia
ser visitada. Antes mesmo que o guia terminasse suas explicações as crianças subiram
na frente ávidas pelo clímax daquela aventura, sem se darem conta do perigo de
estarem ali desprotegidos naquela estreita escada sob o balanço do vento
intermitente para entrar na nave onde fica a grande luz do farol. Assustados e
surpresos o guia e os adultos seguiram as crianças até o topo de onde se pode
apesar do susto e consequentes reprimendas vislumbrar até onde a vista
permitia o lugar chamado de esquina do mundo. Era uma experiência ímpar e cada
um teria a sua visão, a sua versão para contar no futuro.
Ao final da visita, desceram todos e pela beira da praia
decidiram voltar. A tarde caía e as ondas já se agitavam para a alta da maré. Entre
pedras e água já não havia tantos risos, o cansaço do passeio e o duro caminho
da volta aplacaram os ânimos. As crianças antes felizes reclamavam a todo
instante, o caminho parecia não ter fim, a noite chegava e o farol já começava
a iluminar o mar com seus raios luminosos. Aquele dia e aquela grande aventura ficaria para sempre na
memória.
Deve ser uma experiência mágica, Valéria. Eu não teria coragem. Apesar de não ter claustrofobia, tenho verdadeiro pavor quando estou em alturas, dá vertigem, vontade insustentável de pular, uma coisa muito estranha. No meu trabalho em época de mineração eu tive sérios problemas por causa disso. Abraço grande e ótima semana.
ResponderExcluirEu adoro faróis e imagino entrar num! Deve ser maravilhoso, apesar de dar uma sensação estranha, logo recompensada pela visão!!! Lindo!!! beijos,ótima semana!chica
ResponderExcluirOi Valéria,
ResponderExcluirviajei com o seu texto. Deu para imaginar, com muita clareza, as cores, os cheiros, os respingos e os barulhos do mar. Incrível a sua descrição!
Beijos e boa semana!
Bom dia,Valéria!!
ResponderExcluirQue conto lindo,amiga!!!
Sabe,lembrei das aventuras que vivíamos na praia com meus avós!rsrs
No começo uma alegria, mal podíamos esperar a hora de chegar!!
Mas na volta...cansadas sempre tinha alguma reclamação!rsrs
Mas com certeza, a lembrança permanece e é maravilhosa!!!
Beijos!!
Ótima semana!
Bom ler isso agora de manhã. De repente meu pesamento voou. Desejo de me evadir um pouco.
ResponderExcluirBeijos
Já fui visitar faróis, mas não tive esta experiência de ir ao topo. Penso que gostaria.
ResponderExcluirCrianças são levadas pela aventura. Seu conto me fez retomar algumas lembranças infantis, desde os passeios com a escola até como com outras pessoas que não meus pais, pois eram muito assustados, rsr,rs, não gostavam de aventurar.
bjs
Oi Val!!!
ResponderExcluirEu gosto muito de faróis, acho bonito avistá-los de longe e a magia que dão ao local. Muito legal o texto!!!
Tenha uma semana abençoada!!!
Bjs :)
Oi Val!!
ResponderExcluirQue lindo seu conto!
Os faróis tem sempre um que de mistério...de encantamento.
Um bj..semana de paz a vc!!
Olá, Valéria!
ResponderExcluirPaassando pra conhecer seu blog, que aliás tem um visual muito bonito, parabéns!
Bjs!
Rike.
Nossa que lindo, gostei muito. Tive a sensação de estar lá no farol! rs Parabéns viu.
ResponderExcluirObrigada pela visita no blog, a música é realmente muito bonita.
Ótima semana pra você.
Abraços,
Marcilane - Simples Inspirações.
Olá Valéria,
ResponderExcluirSem dúvida, uma aventura e tanto, mas da qual eu não ousaria participar.
Os faróis, de certa forma, me dão calafrios (rsrsrsrs).
O conto propicia uma leitura muito agradável.
Beijo.
As crianças não avaliam riscos e seguem o encantamento. Talvez até aproveitem mais que os adultos os passeios dessa natureza.
ResponderExcluirHá magia nessa aventura. O farol é como um símbolo, nunca esquecido por quem o vê de perto. Bjs.
Deu vontade de me aventurar assim também! Nunca subi em um farol pra ver a vista maravilhosa de lá, deve ser bom demais :)
ResponderExcluirBeijo Valéria!
Lindo seu conto, querida, uma bela aventura, deu vontade de olhar a vista, lá do topo do farol.
ResponderExcluirFeliz semana, beijinhos
Valéria
Farol pra mim só para iluminar ,guiar,não teria coragem de subir
ResponderExcluirbeijos Val
Lindo, lindo, deu até vontade de estar nesse passeio!
ResponderExcluirMas, quase com certeza, eu não subiria! rsssssssssss Se, num arroubo de coragem, na empolgação do momento, desse conta de fazê-lo, seria um "ó" a descida! rssssssssssss
Porém, tb tenho a certeza de que, quem tem coragem para seguir adiante, tem lembranças e coisas bem melhores pra contar, né não?
Bjsssssssssssssss, quérida!
Valeria,eu passeei junto com sua história!Linda inspiração!Amei esse farol!bjs,
ResponderExcluirValéria
ResponderExcluirÉ puro encantamento. Também viajei com todo o grupo no seu conto. Quem não gosta de aventuras? Um farol iluminado me fascina.
Uma linda semana para você.
Beijos.
Nunca fui em um farol, mesmo assim imaginei a excitação de toda a descoberta e alegria do caminho até lá chegar! Um espetáculo de narrativa!! Boa semana!! Beijus,
ResponderExcluirLindo!! ;)
ResponderExcluirTEM MAIS UMA POSTAGEM NOVA NO BT, DA UMA PASSADINHA, AGUARDAMOS O SEU COMENTÁRIO:http://www.blogdatardee.blogspot.com.br/2012/07/hoje-eu-fui-assim-juice-box.html
valeria - perdi totalmente o meu blog anterior, inclusive o domínio. precisei abrir este novo. esstou começando do zero. Ao invés de "caminhos" agora é "caminho" se desejar inscrever-se agradeço. obrigado abraços lamarque
ResponderExcluir